Parece-lhe familiar? Fiquei contente por ver que o conceito deÉtica digital', proposto no meu último livro Tecnologia vs Humanidade,
finalmente a ganhar alguma força no Fórum Económico Mundial esta semana.
Aquilo a que chamo "ética digital" tem sido proposto sob muitos nomes diferentes. Telefonica chamaram-lhe "o novo acordo digital", GSMA a "declaração digital", e IMDA Singapura o "quadro ético da IA".
Seja qual for o nome que se lhe queira dar, o cerne do debate continua a ser o mesmo: a criação de um Conselho Mundial de Ética Digital (GDEC). Proponho que o GDEC comece a nível nacional, passe depois a nível da UE e, por fim, a nível mundial. Nas próximas semanas, tenciono publicar um pequeno relatório sobre este conceito.
(Ver este vídeo para saber mais)
A chanceler alemã, Angela Merkel, falou sobre a necessidade de um organismo global no Fórum Económico Mundial, esta semana. "A rápida disseminação da tecnologia digital na vida quotidiana e as implicações que isso tem no futuro do trabalho e da segurança dos dados exigirão mais cooperação internacional, e não menos", afirmou Angela Merkel.
Mas também reconheceu que ninguém sabe como escrever as regras. Nem a abordagem americana nem a chinesa funcionariam para os europeus, que valorizam muito a privacidade e a justiça social. Merkel disse. "Ainda não vi nenhuma arquitetura global que lide com estas questões."
Os seus sentimentos foram partilhados por outros líderes mundiais, incluindo o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que falou especificamente da cibersegurança como uma prioridade. "No que diz respeito à tecnologia, eu apoiaria um organismo abrangente que estabelecesse normas para uma série de coisas", disse Ramaphosa.
Pode ler a cobertura completa, aqui: Líderes mundiais em Davos apelam a regras globais para a tecnologia (NYT)