Fui entrevistado para este artigo na semana passada - leia-o aqui.
"Se fizermos isto mal, os fornecedores de tecnologia podem acabar por destruir centenas de milhões de empregos com produtos e serviços na nuvem, o que torna estas empresas indispensáveis e muito ricas", afirma Gerd Leonhard, futurista, autor e diretor executivo da The Futures Agency.
Leonhard está a referir-se à ameaça da automatização, dos robots que vêm para cá e nos tiram os empregos. É quase impensável. Ainda há poucas semanas, a taxa de desemprego no Reino Unido desceu para 5,5% e o crescimento dos salários ultrapassou os 2%. Há quem diga que os bons tempos continuam, agarrando-se a um novo otimismo que até os institutos de sondagem Gallop identificaram recentemente...
Leonard sugere que isto se enquadra naquilo a que chama "um declínio do sistema capitalista baseado no consumo". Teremos de repensar o conceito de trabalho e emprego, diz ele.
"Embora sejamos libertados de uma série de trabalhos que ninguém quer fazer, teremos de pensar coletivamente sobre como lidar com isto, caso contrário teremos enormes problemas estruturais com crianças desempregadas", afirma. E será que as crianças se importam? Ou será que estão a caminhar para um mundo de ociosidade da Britannia Unchained?