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A bolha da servidão - alguns bons comentários sobre a "economia da partilha" (Umair Haque)

 Ler o artigo de Umair aqui

- algumas observações bastante incisivas!

 Uma aplicação de conversação comprada por um quinto do orçamento educativo dos EUA. Uma Uber para quem anda a passear cães. Uma aplicação para que o lixo seja recolhido por si. Mordomos a pedido. Massagens a pedido. Pedicures a pedido. Jactos privados a pedido. Jardineiros, canalizadores e chefs privados a pedido. Um monitor de fitness que lhe dá choques eléctricos. Aplicações de "concierge" para obter "serviço VIP" em restaurantes....bares... discotecas... A Bolha da Servidão está a criar "empregos", é certo - mas apenas do tipo mais baixo: empregos de "serviço" de baixo nível, de secretária, sem saída, sem futuro - que não só esmagam a nossa alma, danificam a nossa psique e quebram o nosso espírito - como desperdiçam o nosso potencial. Não "serviço" como os médicos e terapeutas - "serviço" como os pedicuros, os apanhadores de lixo e os passeadores de cães.... A Bolha da Servidão está a condenar pessoas que poderiam estar a fazer coisas espantosas, maravilhosas e milagrosas a serem mordomos, empregadas domésticas, passeadores de cães, neo-serventes - ou, talvez pior, executores de códigos que, perseguindo o seu próprio pequeno pagamento, transformam as pessoas em neo-serventes.

    O serviço é responsabilidade; a servidão é sujeição. Serviço é obrigação; servidão é obediência. O serviço é assistência; a servidão é indulgência... Ficamos todos um pouco pior quando os recursos da sociedade são mal afectados em grande escala à Bolha da Servidão - à criação de exércitos de criados que podem passear os cães, pintar as unhas e conduzir os carros dos ricos mimados e despreocupados - em vez de serem canalizados para encontrar soluções para os problemas muito reais e muito urgentes da educação, dos cuidados de saúde, das alterações climáticas, das finanças - para citar apenas alguns.

    A tecnologia, techne, é transformadora, fundamental, mágica - porque é a súbita e alegre explosão da capacidade de nos dominarmos a nós próprios.... Essa é a maior tragédia da Bolha da Servidão. Pede-nos que desperdicemos as nossas vidas a ser pessoas que não somos. Posers, performers, traficantes, palhaços... fazendo exércitos de chauffeurs, mordomos, empregadas, servos... a pedido, sempre prontos, sempre vigilantes. Para obedecer a nada mais, maior, mais verdadeiro, do que caprichos ociosos. A Bolha da Servidão é feita de centenas de milhares de pessoas-ano de potencial humano desperdiçado.

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