"Com a nossa crescente dependência da inteligência artificial (IA), da Internet das Coisas (IoT) e dos produtos autónomos, enfrentamos uma erosão das competências básicas, bem como muitas questões profundas sobre a forma como esta tecnologia afecta a humanidade. Para explorar esta mudança de paradigma, a vice-presidente de Marca e Influência da NetApp, Emily Miller, sentou-se recentemente para uma conversa com o CEO da The Futures Agency e autor de Technology Vs. Humanity, Gerd Leonhard. Eles discutiram o futuro da transformação digital, as responsabilidades éticas das empresas de tecnologia e a importância de manter nossa humanidade diante da automação.
A ficção científica torna-se um facto científico
À medida que as tecnologias nos dão novas capacidades, tornamo-nos cada vez mais dependentes delas e, segundo Leonhard, corremos o risco de "'amputar' as capacidades que já tivemos". Miller concordou, descrevendo uma viagem recente em que não conseguiu encontrar ninguém que lhe desse indicações locais. Em vez disso, todos sugeriram que ela usasse o Google Maps. "O que precisamos de fazer para garantir que não estamos a amputar?" perguntou Miller. "Ter GPS é maravilhoso, mas preciso de saber navegar".
Dentro de 10 anos, a tecnologia será ilimitada, disse Leonhard - e potencialmente perigosa se não for controlada. A sociedade desaprova certas inovações tecnológicas, como as armas autónomas. Outras inovações, como os primeiros bebés com edição genética - um avanço que Leonhard discutiu na sua palestra NetApp® Insight® 2018 Barcelona - são discutíveis. Miller questionou-se sobre o papel que a ética desempenha - e continuará a desempenhar - nestes cenários, dado que diferentes sociedades abordam estas capacidades de diferentes pontos de vista. "Definir o certo e o errado não é necessariamente fácil", disse Leonhard. "Por exemplo, se perdermos as duas pernas num acidente de viação, é claro que devemos ter [a opção de obter] próteses. Mas e se a pessoa disser voluntariamente que quer perder as pernas para ter outras melhores? Isso provavelmente não é bom, e quem é que decide? Isso é matéria para o Supremo Tribunal...".
Vídeo da apresentação da Netapp em Barcelona